terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Síndrome de Dumping


A síndrome de dumping é uma resposta fisiológica devida à presença de grandes quantidades de alimentos sólidos ou líquidos na porção proximal do intestino delgado. A causa dessa síndrome é o rápido esvaziamento gástrico que pode se seguir à gastrectomia total ou subtotal, a manipulação pilórica, resultando em perda da regulação normal do esvaziamento gástrico e das respostas gastrointestinais e sistêmicas diante de uma refeição. Esse rápido esvaziamento gástrico pode refletir em liberação inapropriada de hormônios intestinais, que propiciam os sintomas gastrointestinais, como plenitude e distensão gástrica, dor abdominal, diarréia, sudorese, taquicardia, dentre outros. Geralmente ocorrem devido a rápida absorção de glicose, após a ingestão de carboidratos, principalmente alimentos com elevado teor de açúcar (doces em geral, leite condensado, mel, chocolates, geléias, refrigerantes, dentre outros), por pacientes submetidos a cirurgias bariátricas.
Estes sintomas podem ser precoces (aparecerem de 30 a 60 minutos após a refeição) ou tardios (de 1 a 3 horas após a refeição). Por não ser uma doença, e sim um resultado de uma alteração física da função de armazenamento do estômago e desvio intestinal presentes principalmente em algumas técnicas de cirurgia bariátrica, a síndrome de dumping não tem cura e pode acompanhar o paciente por toda a vida. Não é correto dizer que todos os pacientes submetidos a cirurgias gástricas e cirurgias bariátricas terão a síndrome de dumping; não existe uma regra e nem uma lista de quais alimentos desencadeará os sintomas. Somente após a cirurgia, e após a ingestão de alimentos mais suscetíveis, é que saberemos da sensibilidade maior ou não para o aparecimento dos sintomas.
A grande maioria dos pacientes aprendem a conviver com o dumping, e passam a evitar os alimentos que lhes são menos favoráveis. Os pacientes com sinais frequentes de dumping devem ser tratados com modificações dos hábitos alimentares:
evitar o consumo de açúcar e doces em geral
fracionar a alimentação em aproximadamente 6 refeições por dia (com baixo volume)
+ não ingerir líquidos durante as refeições (devendo o consumo ocorrer 1 horas antes e 1 hora após a refeição)
aumentar o consumo de fibras ( pode retardar a absorção de carboidratos e reduzir a carga glicêmica e, consequentemente, reduzir a resposta insulínica)
mastigar bem os alimentos.

Como o consumo de carboidratos deve ser restrito, é necessário aumentar o consumo de proteínas, para suprir a necessidade energética. Em alguns casos a suplementação de fibras pode auxiliar no controle dos sintomas.

 Nutribeijos!

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